MOVIMENTO DESCONECTA TRAZ A ARACAJU A JUÍZA VANESSA CAVALIERI, REFERÊNCIA NACIONAL EM SEGURANÇA DIGITAL INFANTO-JUVENIL

17 de novembro de 2025, 17:17

Magistrada propõe entrega consciente de celulares a crianças e adolescentes e uso responsável da tecnologia

 

O Movimento Desconecta Sergipe trará pela primeira vez a Aracaju a juíza Vanessa Cavalieri, uma das maiores referências nacionais em segurança digital e proteção infanto-juvenil, com a palestra “Criando Filhos em Tempos Digitais: os desafios da parentalidade atual”. O evento acontecerá no dia 18 de novembro de 2025, na Faculdade de Direito 8 de Julho, e tem como público-alvo pais, cuidadores e educadores.

 

Criado por famílias engajadas na defesa do bem-estar infantil, o Movimento Desconecta não é contra a tecnologia, mas propõe o uso responsável e alinhado à maturidade emocional e neurológica de cada faixa etária. Entre suas principais bandeiras, está o adiamento da entrega do primeiro celular até, pelo menos, os 14 anos, e o acesso às redes sociais somente a partir dos 16. A iniciativa busca proteger crianças e adolescentes de riscos como vício digital, ansiedade, assédio, depressão e cyberbullying.

 

Quem é Vanessa Cavalieri

Juíza da Vara da Infância e Juventude do Rio de Janeiro, Vanessa Cavalieri é reconhecida por sua atuação humanizada e preventiva diante de infrações cometidas por adolescentes, especialmente as que têm origem no ambiente digital. Em vez de priorizar medidas punitivas, a magistrada tem se dedicado a alertar pais, escolas e a sociedade sobre os riscos do uso não supervisionado da internet.

 

Formada em Direito pela Universidade Estácio de Sá, com especialização pela Enfam (Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados) e pela Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro, onde também leciona, Vanessa iniciou sua carreira como defensora pública antes de se tornar juíza.

 

Entre 2016 e 2019, a magistrada observou uma mudança significativa no perfil dos adolescentes internados: menos de 10% tinham envolvimento com tráfico de drogas, enquanto a maioria se relacionava com atos infracionais análogos a roubos, furtos e crimes digitais.

 

Segundo a juíza, “muitas infrações começam nas redes sociais, e o sofrimento invisível nas escolas precisa ser visto antes que a vítima se torne agressor”