EXPOSIÇÃO ‘MEMÓRIA, TRAJETÓRIA E RESISTÊNCIA’ CELEBRA O MÊS DA CONSCIÊNCIA NEGRA NO CORREDOR CULTURAL WELLINGTON SANTOS ‘IRMÃO’

17 de novembro de 2025, 17:18

Foi aberta na manhã de quinta-feira, 13, no Corredor Cultural Wellington Santos ‘Irmão’, a exposição coletiva ‘Memória, Trajetória e Resistência’, que destaca o empoderamento negro a partir da arte e de sua pluralidade de linguagens, em alusão ao Dia da Consciência Negra. A ação é realizada pelo Governo de Sergipe, por meio da Fundação de Cultura e Arte Aperipê (Funcap) e da Secretaria Especial da Cultura (Secult).

A mostra reúne obras de 17 artistas negros sergipanos: Allan D’Xangô, Antônio da Cruz, Davi Cavalcante, Ehvem, Eurico Luiz (in memoriam), Éverton, Jacira Moura, Negalê, Negraluz, Nivaldo Oliveira, Ofá Modê, Pritty Reis, Sara Miranda, Turví, Vilma Rebouças, Wecio Grilo e Wendel Salvador.

Com curadoria de Jane Junqueira, a exposição se destaca pela diversidade de técnicas e olhares. “O objetivo é enfatizar a importância da cultura negra, que enriqueceu e segue enriquecendo o nosso país. Todos os anos trazemos uma mostra nesse período, e é sempre essencial que o público venha conhecer essas obras e acompanhar o trabalho de artistas tão importantes para a nossa cultura e identidade”, destacou ela.

Representante do presidente da Funcap, Gustavo Paixão, o assessor da presidência do órgão, Pascoal Maynard, ressaltou o papel simbólico da data. “O Dia da Consciência Negra não é apenas uma data no calendário, é um chamado à consciência coletiva e um convite ao reconhecimento do valor das comunidades quilombolas, dos artistas negros, dos educadores e dos gestores culturais que lutam diariamente por espaço e visibilidade. Promover a cultura negra é promover justiça social. Sem o saber do povo negro, não há cultura sergipana nem identidade brasileira”, afirmou.

O secretário executivo da Secult, Irineu Fontes, também reforçou o compromisso com a valorização da arte negra sergipana. “O Corredor Cultural vem sendo revitalizado mês a mês com exposições que refletem nossa gente e nosso território. Essa mostra, em especial, dá visibilidade a artistas maravilhosos que expressam a força da cultura afro-brasileira em suas obras”, destacou.

Entre os expositores, o artista Wécio Grilo apresentou a obra ‘Banguela’, produzida em modelagem com porcelana fria sobre tela, que retrata a capoeira. 

Já a artista visual Sara Miranda, autora da escultura ‘Dentro de Mim’, também comemorou a oportunidade de integrar a mostra e destacou a pluralidade de trabalhos. O artista plástico Éverton, irmão do patrono do espaço, Wellington Santos, também teve sua obra ‘A Multidão Explode’ exposta. “

A exposição ‘Memória, Trajetória e Resistência’ segue aberta ao público até o dia 12 de dezembro, no Corredor Cultural Wellington Santos ‘Irmão’, localizado na sede da Funcap, na Rua Vila Cristina, bairro 13 de Julho, em Aracaju. A visitação é gratuita e pode ser feita de segunda a sexta-feira, das 8h às 13h.