ÚLTIMOS DIAS PARA VISITAR “ONDE OS SONHOS POSSAM DESCANSAR”

14 de outubro de 2025, 15:39

Exposição coletiva reúne obras de 10 artistas contemporâneos até o sábado, 18 de outubro

Quais são os seus desejos e como você os alimenta em meio ao corre-corre diário? Estas são algumas das reflexões provocadas pela exposição “Onde os sonhos possam descansar”, em cartaz até sábado, 18 de outubro, na Ces Arts Galeria, em Aracaju. A mostra reúne obras de 10 artistas contemporâneos de Sergipe e outros estados brasileiros, que atravessam o cotidiano e o transformam em matéria poética. O acesso é gratuito e a visitação acontece, de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 18h, e no sábado, das 10h às 13h.

A partir de olhares e técnicas distintas, Calunga, D.L., Elaine Bomfim, Fael Rocha, Kely Nascimento, Luci Carneiro, Luan Dias, Melício Brito, Tathyana Santiago e Victor Muzar convidam o visitante a refletir sobre o espaço simbólico onde repousam nossas fantasias, afetos e desejos. “Pensar essa exposição foi um exercício de escuta e entrega. Vivemos em um mundo que acelera tudo, inclusive nossos desejos. A nossa proposta é um convite ao repouso do olhar e à pausa afetuosa. A arte, aqui, é o espaço onde o sonho encontra tempo para existir”, afirma o curador Davi Cavalcante.

Entre o concreto e o abstrato, os desejos ganham corpo em “Onde os sonhos possam descansar”. As colagens impressas em tecido de Kely Nascimento costuram memórias e gestos de acolhimento, enquanto Luci Carneiro retrata corpos entrelaçados que, despidos e vulneráveis, olham o mundo “da porta pra fora”. Luan Dias, com suas composições simétricas e cores vibrantes, tensiona o desejo entre aproximação e distanciamento, em diálogo com a emoção nua e crua de Victor Muzar, que faz do contato humano um lugar de refúgio. Já Fael Rocha ressignifica objetos domésticos e cotidianos, transformando-os em vestígios de abrigo e pertencimento.

Na travessia proposta por Calunga, o personagem cruza um mangue repleto de excessos, metáfora das lutas diárias e dos sonhos em trânsito. Elaine Bomfim nos lembra da esperança que move a existência cotidiana, enquanto D.L. contempla o tempo como aliado, transformando paisagens de mangue, rio e praia em poesia visual. As casas de Melício Brito evocam vilarejos e vidas silenciosas e Tathyana Santiago encerra o percurso com suas composições reflexivas, onde a repetição sugere uma pausa necessária e revela novas formas de ver e de sonhar.

Assim, a exposição propõe uma travessia entre o sensível e o imaginário, onde, finalmente, os sonhos podem descansar. 


orredor Cultural Wellington Santos recebe exposição coletiva 'Sergipanidade: Pertencimento e Identidade' nesta quinta-feira, 16

Mostra integra a programação do Festival Sergipanidade e conta com obras de 15 artistas


O Governo de Sergipe, por meio da Fundação de Cultura e Arte Aperipê (Funcap) e Secretaria Especial da Cultura (Secult), realiza nesta quinta-feira, 16, às 10h, no Corredor Cultural Wellington Santos 'Irmão', a abertura da Exposição Coletiva Sergipanidade: Pertencimento e Identidade. A mostra integra a programação do Festival Sergipanidade, evento que destaca as expressões visuais que traduzem o orgulho e a identidade do povo sergipano. Abrilhantando a programação, antes da abertura, acontece uma apresentação do Baque Mulher, grupo sergipano feminino de Maracatu de Baque Virado.


A mostra reúne obras de 15 artistas: Ana Denise, André Aragão, Anísia Prado, Edilene Carvalho, Edwyn Gomes, Fabio Sampaio, Leonardo Alencar (in memoriam), Lindete da Costa (Coletivo de Bonequeiras de São Cristóvão), Márcio Dantas, Maria Vitorino, Marlone Santana, Silvio Rocha, Tássia Reis, Tintiliano e Vilma Rebouças.


Com curadoria de Jane Junqueira, coordenadora do Corredor Cultural, a exposição destaca o cotidiano, as tradições e os símbolos que compõem a identidade sergipana. “A exposição vem para fortalecer e destacar as artes visuais em uma data tão importante, que é o Dia da Sergipanidade. Os artistas retratam o cotidiano do sergipano, o dia de praia, a culinária, o caranguejo, nossas paisagens, pontos turísticos e memórias. É um convite a valorizar o que é nosso, a reconhecer a beleza da nossa cultura e o sentimento de pertencimento que nos une”, explica Jane.


Após a abertura, a exposição seguirá aberta ao público até o dia 31 de outubro. O Corredor Cultural Wellington Santos 'Irmão' está localizado na sede da Funcap, na rua Vila Cristina, bairro 13 de Julho, e tem horário de  funcionamento de segunda a sexta-feira, das 8h às 13h.