ORQUESTRA SINFÔNICA DE SERGIPE MARCA O DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA COM CONCERTO DA SÉRIE CAJUEIROS NO TTB

24 de novembro de 2025, 12:21

A Orquestra Sinfônica de Sergipe (Orsse) realizou, na noite de quinta-feira, 20 de novembro, no Teatro Tobias Barreto, mais uma edição da Série Cajueiros, em programação dedicada ao Dia da Consciência Negra. Com regência da maestra convidada Sarah Higino e participação do trompetista Amarildo Nascimento como solista, o concerto apresentou obras de Emilie Mayer, Alexander Arutiunian, Chiquinha Gonzaga, Samuel Coleridge-Taylor, Gilson Santos e a suíte Retratos Brasileiros. A Orsse é uma realização do Governo de Sergipe, por meio da Fundação de Cultura e Arte Aperipê (Funcap), com patrocínio do BaneseCard e apoio do Instituto Banese.


Antes do concerto, o público foi recepcionado pelo grupo folclórico Parafusos, de Lagarto, cuja participação destacou expressões culturais vinculadas à história afro-brasileira. Com mais de um século de existência, o grupo é reconhecido como Patrimônio Histórico, Cultural e Imaterial de Sergipe.


“Foi um prazer muito grande fazer parte desse evento aqui no Teatro, ainda mais por essa ocasião tão importante, que é o Dia da Consciência Negra, destacando a nossa riqueza artística e cultural. Agradecemos muito pelo convite”, afirmou a mestra do grupo, Maria Ione Nascimento.


O repertório incluiu obras de compositores negros, como Chiquinha Gonzaga e Samuel Coleridge-Taylor, e evidenciou suas contribuições para a música e para debates sociais fundamentais em seus respectivos contextos históricos.


Para a maestra Sarah Higino, a apresentação teve significado especial. “Foi uma grande honra estar com os músicos, com um repertório que foi lindo, e com um público que realmente entendeu a nossa proposta. Vida longa à Orquestra Sinfônica de Sergipe. Fazer música é algo que realmente toca o coração das pessoas. Num dia tão especial como o Dia da Consciência Negra, nessa cidade onde fomos acolhidos, não só pelo convite do maestro Guilherme Mannis, mas pela própria orquestra e o público. Eu só tenho a agradecer e dizer que Aracaju está nos nossos corações”, destacou.


A performance solo de Amarildo Nascimento no Concerto para Trompete, de Arutiunian, integrou a programação da noite. “Estou muito feliz por ter recebido esse convite e por estar aqui em Aracaju tocando frente à Orquestra Sinfônica de Sergipe, uma orquestra maravilhosa. Os sergipanos têm um teatro espetacular, é um sonho. A peça é de 1950, é uma das obras mais tocadas pelos trompetistas no mundo, que se popularizou muito com Timofei Dokschitzer, do Teatro Bolshoi. E aqui estou eu, em 2025, em novembro, tocando essa obra para o povo de Sergipe”, afirmou.

Série Cajueiros


Criada em 2007, a Série Cajueiros é reconhecida por seu repertório diversificado, que inclui sinfonias de diferentes períodos históricos, obras pouco conhecidas ou inéditas, além da participação de renomados musicistas de todo o mundo. Os concertos, realizados mensalmente no Teatro Tobias Barreto, contaram com convidados nacionais e internacionais de destaque. Foto: Marco Ferro