População de 14 a 24 anos é a mais afetada pelo desemprego no Brasil

Nesta segunda-feira, 24 de abril, o mundo celebra o Dia Internacional do Jovem Trabalhador, data instituída pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) com o objetivo de conscientizar sobre a importância da geração de oportunidade para a juventude. No Brasil, a maior taxa de desocupação está justamente entre as pessoas de 14 a 24 anos.

De acordo com a mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do IBGE, que apresenta dados do último trimestre de 2022, 29% dos brasileiros de 14 a 17 anos e 16,4% das pessoas de 18 a 24 anos terminaram o ano fora do mercado de trabalho. No geral, a taxa de desocupação no país foi de 7,9%. Isso significa que, no final do ano passado, 8,6 milhões de brasileiros acima de 14 anos estavam disponíveis e tentando encontrar trabalho. E o Nordeste foi a região com maior taxa de desocupação, com 10,9%.

Além dos entraves econômicos do país e das questões relativas à qualificação enfrentados pelos adultos que buscam emprego, os jovens têm a falta de experiência como um obstáculo a mais. Diante deste cenário desafiador, a atuação de instituições sociais tem sido fundamental para a inserção da juventude no mercado de trabalho.

Além de contribuírem com a formação cidadã dos jovens, promovendo cursos, oficinas e atividades gratuitos para eles desenvolverem habilidades e competências, essas organizações sociais atuam na empregabilidade dos alunos e acompanham o desempenho deles nas empresas. Em 6 anos de atuação em Aracaju, o Instituto João Carlos Paes Mendonça de Compromisso Social (IJCPM), por exemplo, realizou mais de 4,7 mil atendimentos a pessoas de 16 a 24 anos de idade, sendo 926 destes feitos em 2022, e inseriu 557 jovens no mercado de trabalho, sendo 100 inserções realizadas no ano passado, a maioria no setor varejista.