RONDA MARIA DA PENHA PROMOVE AÇÃO DE CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

30 de agosto de 2024, 16:12

Ação que acontece neste fim de semana no RioMar faz parte da campanha Agosto Lilás.

 

Nos dias 30 e 31 de agosto, o RioMar Aracaju, em parceria com a Ronda Maria da Penha da Polícia Militar de Sergipe, promove a ação Agosto Lilás, com o objetivo de conscientizar a população sobre a violência contra a mulher e oferecer apoio a vítimas de relacionamentos abusivos. A iniciativa ocorrerá no Piso L1 do shopping, ao lado da Farmácia Pague Menos, com atendimento das 10h às 22h.

A Ronda Maria da Penha visa fortalecer as ações de enfrentamento à violência doméstica, além de disseminar informações sobre os direitos das mulheres e os mecanismos de denúncia e proteção. Durante os dois dias de evento, militares da unidade especializada estarão disponíveis para orientar o público sobre o tema e tirar dúvidas.

 

A importância de identificar os comportamentos abusivos

A identificação precoce de comportamentos abusivos é de extrema importância, segundo a Major Fabíola Goes, coordenadora da Ronda Maria da Penha em Sergipe. "O abuso emocional muitas vezes precede o abuso físico, e identificar esses comportamentos logo no início pode salvar vidas. A violência doméstica nem sempre começa com agressões físicas, ela pode se manifestar através de palavras, comportamentos e atitudes que minam a autoestima e a independência da vítima", alerta a Major.

Na prevenção à violência doméstica, a psicóloga Adelle Nascimento ressalta a necessidade da mulher estar atenta a sinais que podem indicar um relacionamento tóxico. "Muitas vezes, as vítimas não percebem de imediato que estão em uma relação abusiva, pois os sinais podem ser sutis no início. Constância de críticas, falta de respeito, falta de limites pessoais, menosprezo, humilhação (de maneira pública ou privada), abuso físico ou verbal, emocional e  financeiro são algumas atitudes que acendem o sinal vermelho para a violência", explica.

 

Segundo a psicóloga, alguns fatores dentro da relação protelam a decisão da mulher sair de um relacionamento violento. “É comum observarmos uma certa dificuldade da mulher se desligar do abusador. Às vezes, pelo fato de não haver agressões “declaradas”, a pessoa não entende o relacionamento como tóxico. Nesses casos, há uma manipulação muito grande envolvida. Outras vezes, a dependência emocional e financeira do parceiro obriga a mulher a permanecer na relação”, aponta.